Mais uma temporada do
futebol brasileiro vai chegando ao fim e, como não poderia deixar de ser, com
demissões em série dos técnicos dos times. Nos últimos 11 meses, nada menos do
que 35 treinadores se revezaram entre os 20 clubes da Primeira Divisão do Brasileiro.
O último a cair foi Fernandão, do Internacional, porém ninguém duvida de que
mais alguém seja demitido nas duas rodadas que faltam para o fim da Série A.
Até agora foram 19 demissões ao longo do torneio, cifra impressionante, mas
pequena se comparada às 32 demissões do Brasileirão de 2010.
Apesar de a culpa do
fracasso normalmente recair sobre os técnicos, os números mostram que a
regularidade rende frutos. Dos seis primeiros colocados no Brasileirão, apenas
um deles, o São Paulo, não manteve o mesmo treinador ao longo de toda a
competição. O Tricolor paulista substituiu Emerson Leão por Ney Franco após a
sexta rodada do Brasileiro e, no fim de semana passado, garantiu a vaga na
Libertadores do ano que vem. O campeão brasileiro Fluminense apostou em Abel
desde maio do ano passado, e o Corinthians, que em 2011 levou o Brasileirão e
esta temporada conquistou a tão sonhada Taça Libertadores da América, conta com
Tite em seu banco de reservas desde outubro de 2010.
Completam a lista dos
clubes que mantiveram um mesmo técnico ao longo do Brasileirão Grêmio
(Vanderlei Luxemburgo está no Tricolor desde final de fevereiro), Atlético-MG
(Cuca assumiu o Galo em agosto de 2011), Botafogo (apostou em Oswaldo de
Oliveira desde o início do ano), Cruzeiro (sob o comando de Celso Roth desde
maio), Santos (contratou Muricy Ramalho em abril do ano passado),
Náutico(apostou em Alexandre Gallo após a perda do Campeonato Pernambucano) e
Portuguesa (comandada por Geninho desde abril).
Na parte de baixo da tabela, os lanternas – e já rebaixados – Atlético-GO e Figueirense somam um total de dez trocas de comando em 2012. Hélio dos Anjos, por exemplo, foi do Dragão para o Figueira e depois de volta ao Rubro-Negro goiano em menos de um ano, uma inconstância que não poderia ter outro resultado que não fosse o rebaixamento.
Na parte de baixo da tabela, os lanternas – e já rebaixados – Atlético-GO e Figueirense somam um total de dez trocas de comando em 2012. Hélio dos Anjos, por exemplo, foi do Dragão para o Figueira e depois de volta ao Rubro-Negro goiano em menos de um ano, uma inconstância que não poderia ter outro resultado que não fosse o rebaixamento.
Mas, ao que parece, a
tradição do futebol brasileiro de não ter muita paciência com os treinadores
está mudando. Apesar de não ter conquistado nenhum título em 2012, o Botafogo
já planeja a renovação de Oswaldo de Oliveira para mais uma temporada.
Do outro lado do
Atlântico, o escocês Alex Ferguson completou, no início deste mês, 26 anos à
frente do Manchester United. Nesse ínterim, o clube conquistou 12 títulos do
Campeonato Inglês, se tornando o maior vencedor da competição, e duas Ligas dos
Campeões da UEFA. Se a longevidade da parceria Ferguson-United ainda está longe
de ser alcançada por qualquer clube ou treinador brasileiro, pode ao menos
servir de inspiração aos dirigentes do país.
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