Os Jogos de Londres 2012, definitivamente, entraram para a história do esporte paralímpico brasileiro. Com 21 medalhas de ouro conquistadas, o país teve a sua edição de Jogos mais vitoriosa de todos os tempos. Se em termos quantitativos a campanha em Londres ficou abaixo de Pequim 2008, com 43 pódios contra 47, em termos qualitativos os 21 ouros ficaram bem acima dos 16 de quatro anos atrás.
O grande destaque da campanha brasileira foi a natação, responsável pelo maior número de ouros. Foram nove ao todo. Além disso, os nadadores brasileiros somaram outras quatro pratas e um bronze.
E vem da natação o maior nome verde e amarelo dos jogos. Daniel Dias fez o hino brasileiro ressoar seis vezes no centro aquático de Londres. Com seus seis ouros, tornou-se o maior atleta paralímpico brasileiro na história, com 15 medalhas no total. Ele deixou para trás outras lendas como o também nadador Clodoaldo Silva e a velocista Adria Santos, ambos com 13.
O atletismo também ganhou destaque em terras britânicas. Foram sete ouros, oito pratas e três bronzes. A velocista Terezinha Guilhermina conquistou dois ouros, nos 100m e 200m rasos classe T11 (para deficientes visuais).
Das pistas do Estádio Olímpico também surgiu a maior polêmica dos Jogos. Alan Fonteles surpreendeu nos 200m rasos classe T44 (para amputados) ao superar o grande favorito da prova e um dos principais nomes da Paralimpíada, Oscar Pistorius. Inconformado com a derrota, o sul-africano disparou contra o brasileiro, que evitou rebater os ataques do rival.
Londres também foi o palco de conquistas inéditas, como o primeiro ouro da história na esgrima em cadeira de rodas, com Jovane Guisone na Espada categoria B. No goalball, o título não veio, mas a prata garantiu o primeiro pódio na modalidade na história.
E, afinal, como todo brasileiro nasce com a bola nos pés, o futebol de 5 (para deficientes visuais) confirmou o favoritismo e sagrou-se tricampeão paralímpico de maneira impecável, invicto e sem sofrer gols.
21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. Com esta marca o Brasil deixa a terra da Rainha e volta suas atenções para o Rio de Janeiro. Na Cidade maravilhosa, em 2016, o objetivo é superar o desempenho de 2012 e entrar de vez no time das potências paralímpicas. E que ninguém duvide da capacidade destes brasileiros.
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