terça-feira, 9 de abril de 2013

Governo quer aprovar neste ano MP que ajude clubes a quitar dívidas

O governo brasileiro espera aprovar ainda neste ano a medida provisória que prevê ajudar os clubes do país a quitar as dívidas públicas. Nesta segunda-feira, durante o Fórum Internacional de Economia do Esporte, no Rio de Janeiro, o secretário Nacional de Futebol, Antônio Nascimento, revelou que o Ministério do Esporte tem pressa.
O anteprojeto do deputado Vicente Cândido (PT-SP) está sofrendo ajustes, e a ideia é que seja votado como medida provisória, uma vez que poderia demorar muito se fosse para a Câmera dos Deputados como projeto de Lei.
O projeto prevê que os clubes tenham a dívida com o governo federal abatida desde que invistam em modalidades olímpicas que sirvam como projetos sociais. Serão 240 prestações (20 anos) e, nesse período, eles não poderão contrair novas dívidas públicas. Em caso do descumprimento do acordo, as punições são a perda de pontos e até mesmo o rebaixamento, para as agremiações que adquirirem novos débitos. Dirigentes também serão responsabilizados.
Possível novidade no Brasil, a punição por dívidas já existe na Europa. Recentemente, vítima de uma má administração, o Rangers, da Escócia, entrou em uma grave crise financeira que o levou à falência. Vendido, o clube mudou de nome para The Rangers Football Club, e foi rebaixado após a maioria dos times da primeira divisão do país não aceitar sua reintegração. O clube, um dos mais tradicionais do país, disputa agora a quarta divisão escocesa. Na Itália, a Fiorentina já viveu a mesma situação.
Enquanto discute o anteprojeto para ajudar os clubes brasileiros, o secretário nacional também estuda novas formas de modernizar o futebol no país. Um dos principais pontos levantados por Antônio Nascimento é a adaptação do calendário brasileiro ao europeu. Para ele, a mudança é fundamental para que os clubes do país voltem a excursionar pelo exterior e consequentemente fiquem mais conhecidos e aumentem seu potencial econômico. O projeto, no entanto, ainda está no campo das ideias e não foi discutido com a CBF.
 

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