O estádio Beira-Rio alcança, nesta quarta, a incrível marca de 250 dias sem nenhuma máquina em funcionamento no seu interior. São oito meses de total inatividade, mesmo sendo um dos 12 estádios escolhidos pela Fifa para abrigar a Copa do Mundo de 2014. E o ócio nas obras virou cenário político. Dentro e fora do Internacional.
No clube, a oposição da atual direção ganhou um fato para mostrar a cara. O atraso na reformulação é o único ponto que permite discussão diante da administração que vem conseguindo títulos, está na terceira edição de Libertadores seguida e segurou jogadores importantes diante do assédio estrangeiro.
Piffero e Luigi entraram em rota de colisão desde o final de 2010. Na disputa eleitoral daquele ano, cada um ficou de um lado. Giovanni Luigi levou a melhor e todo estafe de administração do estádio, ligado a ala derrotada, foi dispensado nos meses seguintes.
Nos governos municipal e estadual, vários parlamentares aproveitaram para dar opinião no processo. De deputados a vereadores. Raros os que de fato participam de reuniões com o Internacional ou possuem acesso ao Comitê Organizador Local da Copa-2014.
No bolo de declarações, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, radicalizou e definiu um prazo extra-oficial para que Inter e Andrade Gutierrez enfim selassem um acordo. Segundo ele, a questão precisa ser resolvida até o final de março.
Desde que resolveu parar as obras, até então financiadas com recursos próprios, o Internacional vem sofrendo com a pressão da opinião pública. Mas desde dezembro, quando aprovou a minuta de contrato para firmar uma parceria de 20 anos, o cerco se voltou contra a Andrade Gutierrez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário