Novo Hamburgo e Caxias se enfrentam nesta quarta-feira, às 22h, no Estádio do Vale, na final da Taça Piratini, primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Contrariando qualquer expectativa de ter ao menos um representante da dupla Gre-Nal na decisão, quem vencer conquistará um título inédito e passará a simbolizar a honra do desvalorizado interior gaúcho.
Há anos que os clubes menores do Rio Grande do Sul não figuram entre os principais do país. O Juventude - mais recente representante da terceira força do Estado - deixou a Série A nacional em 2007 e desde então só caiu, e hoje disputa a Série D. O Caxias, que por hora esteve na Série B, perto de chegar na primeira, hoje briga para não deixar a C. Brasil de Pelotas, Pelotas, Novo Hamburgo, Rio Grande, Lajeadense, Cruzeiro-RS, todos vivem à margem do futebol brasileiro.
O Gauchão, nos últimos anos, significava somente duelos entre Inter e Grêmio. Os gigantes da capital decidiram as duas últimas edições do certame, e não perdem um título para clubes menores desde 2000, quando o Caxias treinado por Tite levantou a taça. Mas não em 2012.
A final inédita defronta trajetórias e projetos semelhantes. Novo Hamburgo e Caxias são clubes que tentam se estruturar aos poucos, evitando gastos excessivos e apostando na base. Juntas, as folhas de pagamento de ambos somam R$ 470 mil, menos do que os salários de Kleber, do Grêmio, ou D'Alessandro, do Inter.
Em campo, o Caxias irá manter o time que venceu o Grêmio nas cobranças de pênalti. A única alteração é a saída de Lino para entrada de Jean, que cumpriu suspensão. Já o Novo Hamburgo tem dois desfalques. Chicão recebeu o terceiro cartão amarelo nas quartas de final contra o Juventude, e Preto está entregue ao departamento médico. Por outro lado, Itamar Schule poderá contar com o regresso de Luiz Henrique, que cumpriu suspensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário